A escolha de uma profissão nunca foi um problema para Thalyta dos Santos Alencar. Desde pequena queria em ser médica e conseguiu ingressar na universidade, mas por pouso o sonho não desmoronou. Por ser faculdade particular, sua família precisou desfazer de bens para mantê-la estudando. Tudo mudou quando ela conheceu o Programa GraduAção, criado pela Prefeitura de Anápolis. Hoje, ela está no 7º período de medicina na Universidade Evangélica de Goiás, com a mensalidade custeada integralmente pelo município.
A história de Thalyta se assemelha a de 445 estudantes que foram contemplados com bolsas universitárias integrais e parciais desde 2019, quando o programa foi criado. Ao todo, quatro editais foram lançados pelo Graduação que, conforme a Lei n°4.020 de 17 de junho de 2019, tem caráter educacional e social, com a finalidade de conceder bolsas universitárias de estudo, sendo integrais aos estudantes cuja renda familiar bruta seja de até três salários-mínimos e6 parciais com renda de até seis salários-mínimos.
Outro critério do programa é ter concluído o ensino médio em Anápolis e estarem matriculados em cursos da rede privada de ensino superior de forma6 presencial. O candidato inscrito passa por um processo de seleção que vai desde a entrega da documentação até a visita de um assistente social. Após aprovado, o estudante deve realizar semestralmente a renovação da bolsa universitária para garantir a permanência do benefício.
“Como professor, sempre soube do quanto esse investimento é fundamental na vida de um estudante. Muitos desejam seguir seus sonhos, mas infelizmente esbarram na questão financeira de um curso particular. Muito também não tem condições de se dedicar integralmente para entrar numa faculdade porque precisam trabalhar. Criamos esse programa e hoje já temos muitos profissionais brilhantes que seguiram seus sonhos”, ressalta o prefeito Roberto Naves.
Atualmente, são destinados mais de R$ 600 mil mensais para custear as bolsas. “Muitos estudantes já se formaram e outros recebem a mensalidade que é totalmente paga com recursos do município. É gratificante ver a transformação do sonho de tantos jovens em realizada”, pontua Roberto Naves.
E de sonho a Thalyta entende. Ela conta que conheceu o programa através de uma prima que conseguiu a bolsa. Então começou a pesquisar e ficar de olho no Diário Oficial para saber dos editais. “Consegui a bolsa no 3º período por meio do processo seletivo que contava com quatro fases bem rigorosas de envios de documentos e até visita domiciliar. Graças a Deus fui aprovada em todas as fases”, lembra.
A estudante acrescenta que sem o programa precisaria mudar a rota da sua vida para outro curso ou até sair de casa, uma decisão que sempre a apavorou devido ao apego à sua família. “Não tínhamos condições de pagar a faculdade. O primeiro ano foi difícil e nós já estávamos pensando o que iríamos fazer para os próximos, pois a mensalidade é altíssima. O graduação foi resposta de Deus em minha vida”, destaca.